sexta-feira, 25 de março de 2011



Cultura é todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade.




Podemos dividir a cultura em três grandes Blocos:

<><> Cultura erudita
 <>  Cultura popular
 <><> Cultura em massa

Cultura Erudita

Os produtores da chamada cultura erudita fazem parte 
de uma elite social, econômica, política e cultural e seu 
conhecimento é proveniente do pensamento científico, 
dos livros, das pesquisasuniversitárias ou do estudo em 
geral (erudito significa que tem instrução vasta e variada 
adquirida sobretudo pela leitura). A arte erudita e de 
vanguarda é produzida visando museus, críticos de arte,
 propostas  revolucionárias ou grandes exposições,
público e divulgação.



Cultura Popular

A cultura popular aparece associada ao povo, às classes excluídas socialmente, diz respeito ao conhecimento vulgar ou espontâneo, ao senso comum.

Nesse sentido, o mais importante na arte popular não é o objeto produzido, e sim o próprio artista, o homem do povo. Por isso também a arte popular é sempre contemporânea a seu tempo. É bem diferente de outras formas de arte popular hoje, como o rap, o hip hop e o grafitti, que acontecem nas periferias dos grandes centros urbanos como São Paulo. O rap e o hip hop aparecem associados quase especificamente à população negra, excluída socialmente.

A cultura popular é conservadora e inovadora ao mesmo tempo no sentido em que é ligada à tradição mas incorpora novos elementos culturais, como a transformação de algumas festas tradicionais em espetáculos para turistas (como o carnaval).






Cultura de Massas

A existência da Indústria Cultural, a cultura de massas, não está vinculada a nenhum grupo específico e é transmitida de maneira industrializada para um público generalizado.

Hoje, a maioria da população vive aglomerada nos centros urbanos, assim, os setores sociais excluídos se aproximam geograficamente dos setores privilegiados, são as diferentes classes sociais vivendo relativamente no mesmo espaço.

A Indústria Cultural vende uma ideologia, vende visões do mundo, vende idéias, desejos. Feita para uma massa de pessoas, veiculados pelos meios de comunicação de massas, aí surge a cultura de massas (o produto da Indústria Cultural).

Porém isso não significa uma democratização da obra de arte, nem contribui para a conscientização das massas. Isso não acontece com a reprodução das obras de arte e nem com outro fenômeno que aproxima as massas da obra de arte: as mega exposições.



Conclusão:

A palavra cultura abrange várias formas artísticas, mas define tudo aquilo que é produzido a partir da inteligência humana. Está presente desde os povos primitivos em seus costumes, sistemas, leis, religião, em suas artes, ciências, crenças, mitos, valores morais e tudo aquilo que compromete o sentir, o pensar e o agir das pessoas.

A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte entre outras, porém seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem através da sua racionalidade, mais precisamente a inteligência, consegue executar, dessa forma todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.

Os elementos culturais são artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir).

A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem tem a capacidade de desenvolver culturas, distinguindo-se dessa forma de outros seres como os vegetais e animais.

Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a capacidade de se permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes como uma memória coletiva, lembrando que a cultura é um elemento social, impossível de se desenvolver individualmente.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O mito da caverna - a alienação do mundo



O mito da caverna, também chamada de Alegoria da Carverna,escrita pelo filósofo Platão, trata da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.

 
    Platão não buscava as verdadeiras essências ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o individuo correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente.

     Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes.

      Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna (ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, idéias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades).




Conclusão:

  A metáfora de Platão define a realidade tendo uma divisão entre as coisas sensíveis e o domínio das idéias. Para ele a maioria da humanidade vive na condição da ignorância, sem objetos de conhecimento. O mundo das idéias, percebido pela razão, está acima do sensível sendo apenas sombra dele.

  O filósofo é aquele que através de um processo dialético, se liberta, saindo da ignorância para a opinião e depois para o conhecimento.

  Pode ser acalçada através de etapas, tais como: chegar à opinião, tentando superar a inércia da ignorância. O sujeito é ofuscado pela luz (representação da verdade). Então ele atinge o conhecimento. Por fim há a busca pelas idéias gerais.

  Por fim ele passa a ser capaz de contemplar o que há no céu e o próprio céu à noite torna-se capaz de olhar para o Sol e o seu brilho de dia.

  Mas por que Platão precisou usar esta alegoria? Mostra a sua intenção de tratar da educação. Estava preocupado em como deveria ser a formação dos habitantes da cidade, como deveriam ser orientados a buscar as idéias e os valores. A idéia principal é formar o homem, orientando os habitantes, principalmente através do filósofo como educador pois é ele quem tem o conhecimento das idéias.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Mundo da marca

EU ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.



Conclusão:
O poema nos mostra que somos bombardeados com propaganda da cabeça aos pés, sem que tenha diretamente  ligado com a nossa vontade e personalidade.
O que nos remeta a personaliade ou ausência dela, fazendo o indíviduo seguir cegamente a moda ou decidir o que quer para ele, partindo do principio que ele sabe quem é - e aí se levanta a questão da identidade.
Sendo a frase mais e que resume tudo: "... Eu sou a Coisa, coisamente". Nós infelizmente vivemos uma realidade que espelha esse poema plenamente.
Repare que alguém se lembrou de colocar luzes no cabelo...  Alguém lembrou-se de esconder os cabelos brancos e foi o suficiente para quase toda a gente achar que é desmazelo não disfarçar os fios brancos (é ridículo ver pessoas com a pele completamente enrugada e o cabelo completamente preto). Alguém se lembrou de alisar o cabelo com chapinha e hoje em dia cabelos cacheados? Um horror, nossa!
Eu assino em baixo do poema. Tento e consigo defender-me desses ataques. É só descobrir quem somos que o resto vem por si.